fevereiro 09, 2009

Come in with the rain;


Acho que eu nunca me considerei normal. Nunca devo ter sido normal. Afinal, não é possivel que tenha sido peso que tenha me excluido no Anchieta. Eu devia ser uma criança de seis anos com algo de diferente. Ou isso é tuo viagem minha, que ainda tento me convencer que as gurias do Anchieta não gostavam de mim porque eu tinha algo a mais.

O que seia esse 'mais'. Algum talento oculto? Alguma habilidade ninja foda? Provavelmente só uma personalidade estranha e sem inspirações fashion. Aquela coisa bem clichê, sabe? A aluna excluida, que depois vira alguém toda revoltadinha, que acaba matando todo mundo. Mas eu não sou mais revoltadinha, nem quero matar todo mundo, por mais incrivel que pareça. Mas eu só queria poder dizer para elas que aquela piá, gordinha, loira, com olhos verdes que elas desprezavam e avacalhavam agora é essa menina que aparece nas fotos. Ela que parece estranha na rua, que tem que aguentar argentinos e urugauios olhando estranho e paraguaios rindo. Até o pastor do Sinodal já falou dela, e da suposta coragem dela de ter cabelos coloridos, de mudar com o tempo, de ser diferente do que se espera. Mas e ser diferente fizer mal? Ninguém nunca pensa como se olha torto para alguém não se parece com o que se acha certo? E mesmo assim ela continua. Sempre masoquista. Aquela masoqueista que chega no final do dia e sorri, feliz por ser como é, mesmo que isso implique certas consequencias.
Ela consegue ser o mais perto de feliz que as altas variações de humorgraças aos hormônios deixam. A vida não é justa nem perfeita, mas no final, isso não fazer muita diferença mesmo.

Um comentário:

-mari- disse...

Miiiinha bolinha rosa de grandes olhos verdes!!! Só minha!!

*cara de maníaca*